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Mostrando postagens de junho, 2008

Pato no tucupi

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Cheguei em Belém louca para experimentar a comida típica. Sabia que existia um prato chamado "pato no tucupí" (acento meu), mas não fazia a menor idéia do que seria. Não sabia se era uma folha, uma tigela, uma fruta ou um molho... Ah! Mas eu aprendi a lenda do tucupi (aqui em Belém tem lenda para tudo): Diz a lenda que Jacy (Lua) e Iassytatassú (Estrela D'alva) combinaram visitar o centro da Terra, e quando foram atravessar o abismo, a serpente Caninana Tyiiba mordeu a face de Jacy. Jacy ficou marcado para sempre pelas mordidas, e derramou suas lágrimas sobre uma plantação de mandioca. A partir das lágrimas de Jacy, surgiu o tycupy (tucupi). Bacana! Seria o tucupi em forma de gotas? Resolvi experimentar. Descobri um restaurante que tinha, e fui correndo ver do que se tratava. Era um pato em um molho amarelo, cheio de uma folha cozida por cima. Pronto, descobri! Tucupi era um molho com cor de mostarda!! Entrei na fila (era self-service) com um misto de ansiedade e curiosid

Chuva

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Quando criança, eu ouvia uma "lenda" de uma cidade onde chovia todos os dias no mesmo horário, e as pessoas marcavam encontros para antes ou depois da chuva. Achei tão fantasioso que nunca esqueci isso. Que estranho, saber exatamente quando vai chover... e o pior: chuva todos os dias! Para quem só conhece chuva de outubro a maio, e vive no deserto nos outros meses, é realmente fantasioso. Mas cheguei tarde... com o aquecimento global, as chuvas das 15 horas não são mais tão pontuais. Às vezes chove só no fim da tarde, ou lá pelas 13 horas. Mas sempre chove. Sempre. Sempre mesmo! No início achei o máximo! Apostava comigo mesma se a chuva cairia às 15 horas, olhava pela janela antes de sair, planejava meus passeios para antes ou depois da chuva. Bacana! Em uma semana choveu sempre às 17h, na outra, às 14h. Muito bacana! Mas depois de ter minhas roupas mofadas, meus sapatos mofados, meu travesseiro mofado e até minha mala mofada, comecei a achar essa tal de chuva diária não tão

Cidade de Belém

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Acho melhor fazer uma apresentação formal desta cidade. Retirei essas informações da Wikipédia: Belém é a segunda cidade mais populosa da Região Norte e a maior região metropolitana da Amazônia. Possui 1,4 milhões de habitantes no município e 2.043.537 na Grande Belém. É conhecida como a "Metrópole da Amazônia" e popularmente chamada de "Cidade das Mangueiras" pela abundância de exemplares dessa árvore em suas ruas, sua contínua mancha urbana é constituída por cinco municípios. Também é denominada "Cidade Morena", característica herdada da miscigenação do povo português com os índios Tupinambás, nativos habitantes da região à época da fundação. Em seus quase quatrocentos anos de história, Belém vivenciou momentos de plenitude como o período áureo da borracha, no início do século XX quando o município recebeu inúmeras famílias européias, o que veio a influenciar grandemente a arquitetura de suas edificações, ficando conhecida como Paris n'América . H

Frio quente

Estou vivendo uma experiência transcedental: frio quente !!! Talvez tia Rosane entenda, já que também está morando em um lugar com clima de floresta tropical, mas é verdade! Estou com frio, e ao mesmo tempo, com calor!!!! VIVA BELÉM!!! Será um processo de pausterização simultânea? "Coloque os ingredientes em temperatura quente, e ao mesmo tempo, em temperatura fria"??? Será efeito das noites mal dormidas estudando? (Um pouco de exagero para deixar papai feliz, comecei a estudar hoje). Acho que não, pois seria alucinação visual também, já que vejo pessoas com blusas de manga comprida na rua!!! Mas estou com calor... e com frio também!!! "Égua, mana!" - diriam os belenenses, puxando o S como os cariocas -, "tu dizes?" Digo. Reafirmo que estou com frio, mas o calor não passa. "Mas quando?", ou "mas já?", perguntariam os nativos... (quer dizer: "sério?", ou "como assim?"). Seriíssimo! A brisa começa morna, depois vêm uma

Primeiro contato

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Cheguei no Pará em outubro... fiquei impressionada com a natureza. Completamente diferente do meu cerrado, das árvores retorcidas e baixas, da terra vermelha e do ar seco e frio tão acolhedores para mim. Quando o avião se aproximou, senti-me dentro do "Globo Repórter" ao ver os igarapés e um enorme rio à minha frente. Parecia televisão! De repente, uma cidade surgiu à minha direita, e me assombrei com a quantidade de edifícios altos. Inesperado! Sinceramente, não fazia idéia de como seria Belém, nunca havia visto imagem alguma da cidade. Achei bem grande. Assim que o avião aterrissou, vi da janela as árvores mais altas da minha vida. Muito bonito, foi meu primeiro contato com a vegetação da região. Queria conhecer o tal calor insuportável, as chuvas com hora marcada, mas no aeroporto não percebi nenhum diferença. Claro, o ar-condicionado estava ligado no máximo! Mas quando saí do aeroporto, quase me afoguei ao respirar. O ar é pesado!!! Tem umidade!!! Depois descobri que na