Vovô Geninho
Meu avô materno sempre foi um modelo para mim. Dentista, poeta, vereador, marido, pai e avô! Foi membro da Academia Niteroiense de Letras, e Presidente da Câmara de Vereadores de Niterói.
Perseguido e preso durante a Revolução de 64, foi demitido do cargo de dentista do Ministério da Marinha em 1964, e perdeu seus direitos políticos em 1966.
Faleceu em 2005 deixando muitas saudades...
Era o vovô brincalhão e carinhoso que mastigava de boca aberta imitando macaco para me fazer rir, contava piadas e roubava biscoitos da vovó para nos dar às escondidas.
Deixou alguns poemas publicados, mas muitos ainda estão guardados com a família, como um precioso tesouro.
Recentemente minha mãe resolveu digitá-los, e começou por essa pérola escrita para mim:
Também te amo, vovô. E também sinto saudades...
Perseguido e preso durante a Revolução de 64, foi demitido do cargo de dentista do Ministério da Marinha em 1964, e perdeu seus direitos políticos em 1966.
Faleceu em 2005 deixando muitas saudades...
Era o vovô brincalhão e carinhoso que mastigava de boca aberta imitando macaco para me fazer rir, contava piadas e roubava biscoitos da vovó para nos dar às escondidas.
Deixou alguns poemas publicados, mas muitos ainda estão guardados com a família, como um precioso tesouro.
Recentemente minha mãe resolveu digitá-los, e começou por essa pérola escrita para mim:
2º Natal de Lísia Regina -
- Poema –
Ah! se eu não me acostumasse,
a gostar tanto de você;
talvez hoje eu não andasse,
tão ansioso de lhe ver.
-.-
Porque você não me avisou,
que após férias iria embora?
Hoje eu não seria o que sou,
consolando quem lhe adora.
-.-
Você levou a meiguice
e o olhar alegre também...
Fiquei qual deuses sem lira,
compondo estas trovas, meu bem.
Remando em barco parado,
deixou o titio cansado,
molhando a cuca à vontade...
No aeroporto beijos... parte...
Solidão ensina a arte
de vivermos de saudade...
Niterói, 25.12.76.
Hermógenes Franco.
- Poema –
Ah! se eu não me acostumasse,
a gostar tanto de você;
talvez hoje eu não andasse,
tão ansioso de lhe ver.
-.-
Porque você não me avisou,
que após férias iria embora?
Hoje eu não seria o que sou,
consolando quem lhe adora.
-.-
Você levou a meiguice
e o olhar alegre também...
Fiquei qual deuses sem lira,
compondo estas trovas, meu bem.
Remando em barco parado,
deixou o titio cansado,
molhando a cuca à vontade...
No aeroporto beijos... parte...
Solidão ensina a arte
de vivermos de saudade...
Niterói, 25.12.76.
Hermógenes Franco.
Também te amo, vovô. E também sinto saudades...
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